Ranking: Veja quais são os 10 carros vendidos no brasil com mais problemas mecânicos em 2025

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Lançada com a proposta de ser a primeira picape intermediária do mercado nacional, a Renault Duster Oroch chamou a atenção logo de cara. Misturando o visual robusto do SUV Duster com a praticidade de uma caçamba, ela surgiu como uma solução versátil para quem precisava de espaço de carga, mas não queria abrir mão do conforto urbano.

E não é à toa que, nos primeiros anos, o modelo emplacou boas vendas: boa altura do solo, cabine espaçosa, manutenção acessível e preço competitivo. Uma picape com cara de SUV — ou um SUV com alma de picape. Só que, com o tempo, começaram a aparecer os primeiros ruídos… e não só do motor.

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🔧 Ficha técnica – Renault Duster Oroch 2.0 16V Dynamique (2016)

  • 🚗 Motor: 2.0 16V flex, 4 cilindros
  • ⚙️ Potência: 148 cv (etanol) / 143 cv (gasolina)
  • 🔁 Câmbio: manual de 6 marchas
  • 🛣️ Consumo médio: 6,9 km/l (etanol) / 9,9 km/l (gasolina)
  • 🪶 Peso: 1.350 kg
  • 🛻 Capacidade da caçamba: 683 litros
  • Tanque: 50 litros
  • 📏 Distância do solo: 20,6 cm

⚠️ Maiores dores de cabeça: barulhos e falhas crônicas

Apesar da proposta ousada e das boas intenções, os donos da Oroch — especialmente das primeiras versões — começaram a relatar problemas mecânicos e estruturais recorrentes. Entre os mais citados:

  • Suspensão traseira frágil: estalos, rangidos e instabilidade em vias irregulares, mesmo com pouco peso na caçamba.
  • Barulhos internos constantes: ruídos na cabine que se intensificam com o tempo, especialmente no painel e portas.
  • Acabamento pobre: plásticos rígidos e peças que apresentam folgas ou se soltam com uso contínuo.
  • Direção com folga: relatos de sensação de imprecisão na direção, com desgaste precoce de componentes.

Além disso, há registros de problemas elétricos intermitentes, como travas, comandos de vidro e sensor de ré que deixam de funcionar do nada.

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Conclusão: vale a pena investir na Oroch?

A Renault Duster Oroch é um daqueles casos em que o conceito foi melhor do que a execução. Ela entrega versatilidade, bom espaço interno e uma condução confortável para quem precisa conciliar trabalho e uso urbano. É ideal para o pequeno empreendedor, o aventureiro leve ou a família que quer uma picape sem exageros.

Mas, a partir do uso contínuo, especialmente nas versões de 2015 a 2018, os problemas se tornam frequentes o bastante para ligar o alerta vermelho. A suspensão pede manutenção mais cedo do que deveria, os ruídos internos tiram o conforto do dia a dia, e o acabamento decepciona no longo prazo.

🔍 Veredito final:
A Oroch é uma picape que cumpre bem sua proposta funcional, mas paga um preço alto em confiabilidade mecânica e durabilidade estrutural. Se for comprar uma usada, é essencial fazer uma vistoria minuciosa — e se possível, buscar pelas versões mais recentes, que passaram por melhorias importantes.

O Ford Focus sempre foi um dos queridinhos dos apaixonados por carros médios. Com visual esportivo, boa dirigibilidade e pacote tecnológico acima da média para sua faixa de preço, ele conquistou milhares de brasileiros. E não é à toa: o hatch (e também o sedã) entregava bom desempenho, ótima estabilidade em curvas e um conjunto visual que envelheceu muito bem, principalmente na terceira geração.



Nas versões com motor 2.0 flex e câmbio Powershift automatizado de dupla embreagem, o Focus prometia uma experiência mais esportiva, rápida e eficiente no consumo. No papel, parecia o casamento perfeito entre potência e tecnologia.

Mas nem tudo são flores…


⚙️ Ficha técnica – Ford Focus 2.0 Powershift (2013–2018)

  • 🚗 Motor: 2.0 Duratec Direct Flex, 4 cilindros
  • 🔥 Potência: 178 cv com etanol
  • Torque: 22,5 kgfm (etanol)
  • ⚙️ Câmbio: Powershift automatizado de 6 marchas, dupla embreagem a seco
  • Consumo médio: 6,1 km/l (etanol, cidade) | 12,6 km/l (gasolina, estrada)
  • 🛞 Tração: Dianteira
  • 📦 Porta-malas: 316 litros (hatch) / 421 litros (sedã)
  • 🏁 0 a 100 km/h: 9,5 segundos

🚨 Os maiores problemas do Focus Powershift

Apesar do projeto bem acertado em vários aspectos, o grande vilão do Ford Focus com câmbio Powershift foi justamente o… câmbio.

Esse sistema automatizado de dupla embreagem a seco, diferente dos automáticos tradicionais, causou pesadelos a muitos donos. A promessa era de trocas rápidas e economia de combustível, mas na prática o que se viu foi uma série de falhas prematuras, como:

  • Trancos ao trocar de marchas
  • Patinação em arrancadas
  • Vibrações no pedal do acelerador
  • Travamentos em pleno trânsito
  • Luzes de alerta no painel
  • Revisões caras e demoradas

O problema se tornou tão frequente que gerou ações judiciais coletivas nos EUA e no Brasil. A Ford chegou a estender a garantia de parte dos componentes, mas para muitos motoristas, isso veio tarde demais.


🧠 Conclusão: o veredito final

O Ford Focus ainda é um carro com ótima dinâmica, design atrativo e bom pacote de itens de série. Seu motor 2.0 flex é confiável e oferece bom desempenho. No entanto, o câmbio Powershift foi um verdadeiro ponto fraco — e não apenas por falhas isoladas, mas por um histórico consistente de problemas crônicos que impactaram diretamente na segurança e no bolso do consumidor.

🔧 Se você pensa em comprar um Focus usado, o ideal é buscar versões com câmbio manual (raro, mas possível) ou ao menos verificar se o câmbio Powershift já passou por todos os reparos e atualizações recomendadas pela marca.

💸 No fim das contas, o que era para ser um carro prazeroso de dirigir virou um símbolo de frustração para muita gente. E por isso, ele merece com justiça seu lugar no pódio dos carros mais problemáticos do Brasil.